Open House Worldwide 2019 confirma a participação de 43 cidades ao redor do mundo.
O projeto é simples, mas promete trazer os conceitos da arquitetura de forma gratuita para todos. As iniciativas promovidas pela Open House soa como um convite ao público geral para explorar e dialogar sobre o real valor de um projeto arquitetônico bem executado.
Fundado com o objetivo de promover a compreensão da arquitetura para quem vem de fora da profissão, o Open House tenta oferecer uma maneira mais inclusiva e abrangente de apoiar e reconhecer as vozes públicas.
Através da experiência, a Open House Worldwide objetiva facilitar as oportunidades para que os cidadãos de uma determinada cidade experimentem a arquitetura e percebam que cidades bem projetadas podem melhorar a vida de todas as pessoas.
Conforme relata Victoria Thorton OBE Hon FRIBA, fundadora do Open House, “De muitas maneiras os cidadãos podem se sentirem excluídos da arquitetura, muitas vezes vista como propriedade exclusiva dos profissionais.
Mas isso não significa que eles não queiram explorar e debater a qualidade da arquitetura e dos lugares: eles simplesmente não tiveram a oportunidade de fazê-lo. Em cada cidade, o Open House cria um fórum único, independente e informal, onde o público e os profissionais se reúnem em igualdade de condições.”
O centro dessa iniciativa está na experiência direta adquirida nos fóruns e democratização da arquitetura urban acessíveis gratuitamente a edifícios públicos e privados durante um período de 48 horas a todos que desejam discutir, debater e aprender com especialistas do ramo e outros cidadãos entusiastas.
“Edifícios e espaços públicos bem projetados são vitais para criar e sustentar uma cidade vibrante e equitativa; e a Open House permite que a comunidade mais ampla se torne mais informada, se engaje em diálogos e faça julgamentos informados sobre o ambiente de sua cidade futura”, completa Victoria Thorton.
Vale lembrar que o evento registrou ascensão nos últimos anos, indicativo de que uma mudança internacional está ocorrendo na consciência do público, de modo que a interação com a cidade está no núcleo dessa discussão, principalmente na maneira como as cidades determinam como vivemos. Além disso, o acesso à informação e o aumento do desejo público em colaborar pela criação urbana também pode explicar essa evolução.
Os números podem ajudar a entender essa crescente. Atualmente, o projeto atinge quase um milhão de pessoas e conta com 43 cidades participantes ao redor do mundo. Já para o ano de 2020, o previsto é que 50 cidades se envolvam no evento.
Além de cidades participantes tradicionais, como Atenas, na Grécia, Basel, na Suíça, Milão, na Itália e Madrid, na Espanha, dentre outras, a edição de 2019 contará com cidades novatas, como Valência, na Espanha, Nápoles, na Itália, Tallin, na Estônia e Brno, da República Tcheca.
Ao oferecer experiência e impulsionar os conceitos da arquitetura através do diálogo é possível conscientizar o público e criar interesse nos desenhos, desenvolvimento e manutenção da sua cidade. A Open House tenta demonstrar que numa cidade, onde o espaço é compartilhado, os habitantes tem todo o poder necessário para mudar o seu desenvolvimento.