O vidro recozido é uma das denominações do vidro comum. Trata-se do vidro que não recebeu nenhum tipo de beneficiamento. A expressão ‘recozido’ é atribuída à chapa de vidro devido ao processo pelo qual ela é submetida durante sua produção, quando, no final do processamento, a folha de vidro é recozida para aliviar as tensões e evitar que o material sofra com possíveis rachaduras e fissuras ocasionadas por causa de tensões internas.
O vidro recozido possui exatamente os mesmos predicados dos vidros comuns (vidro float). São totalmente recicláveis, apresentam altos índices de transmissão luminosa, são rígidos e impermeáveis, altamente duráveis, baixa condutividade térmica e ótima resistência química. Além do mais, a produção do vidro recozido é baseada em recursos abundantes da natureza.
Convém ressaltar que o vidro float (recozido) serve de matéria prima para a maioria dos vidros especiais disponibilizados pela indústria vidreira. A partir do vidro comum é possível, por exemplo, a produção de vidros laminados, vidros temperados, vidros insulados, vidros serigrafados e até mesmo o vidro fantasia (vidro comum com impressões especiais), dentre diversos outros tipos.
O fato deste tipo de vidro servir como base para os vidros especiais contribui para a produção do vidro recozido em larga demanda, o que facilita o acesso ao produto. Este cenário contribui para a utilização de vidros recozidos em diversos segmentos, como a arquitetura e construção, decoração de interiores, indústria de móveis e eletrodomésticos, setor automobilístico, dentre outros.
Curiosidade: O processo de fabricação do vidro recozido, também conhecido como vidro float, surgiu por volta dos anos 50, na Grã Bretanha. Inovador para a época, a fabricação do vidro float consistia no derramamento da massa do vidro em banhos de estanhos, de modo que o líquido vítreo flutuasse no estanho – de maneira parecida à que ocorre quando colocamos água e óleo em um mesmo recipiente.