Vidro reconhecido por ser mais resistente que a chapa de vidro comum. Durante o processo de fabricação do vidro temperado, a placa passa pelo forno de têmpera e sofre alterações em suas moléculas, atribuindo resistência e características de segurança à folha de vidro.
É utilizado para aplicações autoportantes, com bordas livres e fixação por ferragens. Além de maior rigidez, esse modelo de vidro também apresenta maior resistência térmica, flexibilidade, flambagem, resiste á torção e suporta pesos elevados.
O vidro temperado é classificado como vidro de segurança devido às suas particularidades. Além da resistência elevada, quando se rompe em qualquer ponto, toda a placa de vidro se parte em pequenos pedaços levemente arredondados, sem arestas ou partes pontiagudas que ofereçam maiores riscos à integridade física dos usuários.
Não por acaso esse tipo de vidro é frequentemente requerido pela indústria automobilística e segmento de móveis e utensílios do lar, sendo utilizado principalmente nas laterais e traseiras dos carros, além de estar presente em diversos utensílios domésticos, como tampos de mesa, prateleiras de geladeiras, dentre outros.
Já para o setor da arquitetura e construção os vidros temperados são de grande utilidade, principalmente pelos termos de segurança que o mesmo oferece. Suas particularidades permitem que o vidro temperado seja utilizado para compor sacadas, vitrines, divisórias de ambientes, box de banheiro, portas, fechamento de vãos, etc.
Também é o tipo de vidro escolhido para projetos que necessitem de utilização de placas de vidro como porta sem a utilização de caixilhos, tendo em vista que é o único vidro que pode ser aplicado dessa forma.
As características distintas do vidro temperado só são possíveis de alcançar devido ao processo de fabricação desse tipo de vidro. Normalmente, o vidro temperado é feito a partir do vidro comum submetido ao processo térmico no forno de têmpera. O processo térmico consiste em aquecer a placa de vidro e resfriá-la rapidamente.
Ao aquecer a placa de vidro a temperaturas que beiram 700º C, a tensão causada pela compressão do vidro aumenta nas zonas superficiais devido à expansão das moléculas do interior do vidro. Ao ser resfriado com jatos de ar frio de alta pressão e estrategicamente posicionados, a superfície do vidro se enrijece rapidamente, mantendo seu interior quente e expandido.
Dessa forma, as paredes da chapa de vidro se solidificam enquanto seu interior se mantém com as moléculas tensionadas. Ao se resfriar completamente, a tensão acumulada internamente entra em sintonia com a comprensão, garantindo resistência elevada à placa de vidro.
Esse processo também é responsável por fazer com que o vidro, ao sofrer impactos seguidos de quebra, se estilhace em inúmeros pedaços pequenos e sem ponta, garantindo a integridade física do(s) usuário(s).
Entretanto, vale lembrar que o vidro, depois de submetido a tempera, não pode ser moldado, cortado ou furado.
Dessa forma, o projeto deve ser bem elaborado e qualquer orifício ou corte para hastes ou parafusos, por exemplo – ou até mesmo o polimento e lapidação das bordas – devem ser feitos antes de submeter o vidro ao forno de têmpera, pois depois de temperado, qualquer tentativa de corte poderá causar o estilhaçamento completo da placa.