A NBR 7199 estabelece regras para aplicação de vidros na arquitetura e construção civil. Todos os profissionais do segmento devem harmonizar seus projetos à essas diretrizes para garantir segurança para os usuários.
A versão mais recente da NBR 7199, da ABNT, apresenta todos os detalhes e diretrizes para o uso do vidro na arquitetura e construção civil de uma maneira objetiva. Por esse motivo a norma sofreu alterações, trazendo linguagem simples para evitar dúvidas dos leitores. Além disso, o novo texto foi baseado em normas internacionais, porém, adaptadas para o território e para as particularidades do Brasil.
O processo de revisão da NBR 7199 contou com consulta nacional e todo o trabalho foi coordenado pelo Comitê Brasileiro de Vidros Planos, o ABNT/CB-37, sediado na Abravidro. É válido destacar o tamanho da relevância e mudanças de comportamento que essa revisão causa no mercado, considerando que a NBR 7199 é de extrema importância para o segmento vidreiro, pois como já dito, determina quais tipos de vidros e regras de utilização dos vidros na construção civil.
De certa forma a revisão da NBR 7199 traz mais segurança para as edificações e seus usuários. É possível observar isso tanto na nova escrita, que como já dito, facilita a compreensão das determinações e afasta dúvidas de interpretações existentes na versão mais antiga; e em outro ponto que causou grande impacto, que consiste na obrigação da presença de vidros de segurança em aplicações com vidros instalados abaixo de 1,1 m em relação ao piso, independente do pavimento ou área (externa ou interna).
Além disso, a norma estabelece condições, inclusive para o uso de vidros de segurança, como é o caso das aplicações (como janelas) em fachadas voltadas para o exterior acima do pavimento térreo, com vidros instalados ABAIXO de 1,10 m em relação ao piso, onde os vidros temperados, apesar de serem classificados como vidros de segurança, não podem ser utilizados a menos que contenham laminação (vidros laminados de temperados).
A norma ainda elimina outra dúvida presente no texto antigo, que faz alusão ao uso de vidros comuns em portas e janelas. Segundo consta no novo texto revisado, o vidro float ou impresso só poderá compor portas, janelas e fachadas quando a aplicação estiver instalada ACIMA de 1,10 m em relação ao piso e ainda assim devem ser encaixilhados e colados por todo o perímetro. O texto estabelece regras específicas para uso do vidro comum e temperado em janelas estilo projetantes móveis.
Outro fator importante e que garante maior segurança às estruturas envidraçadas se refere ao cálculo da espessura do vidro. Isso é importante porque a espessura do vidro interage com diversos tópicos de uma aplicação, como resistência, durabilidade, peso exercido na parede, etc. Considere, por exemplo, que uma placa de vidro mais grossa, apesar de ser mais resistente, também será mais pesada e pode comprometer a estrutura de uma edificação. Sendo assim, é preciso, por exemplo:
– Identificar a pressão do vento na região da instalação – ver NBR 6123;
– Determinar a espessura referência;
– Realizar um estudo da estrutura no geral
– Verificar a necessidade de apoios
– Tamanho do vão a ser preenchido
– Verificação de resistência
– Garantir que o resultado final esteja de acordo com as determinações de resistência e de flecha
Se para os usuários a sensação é de maior proteção e segurança, para os profissionais do ramo fica o alerta. Caso seja constatado, por meio de perícias e vistorias, que uma determinada estrutura causou ferimentos (leves ou graves) ou até mesmo o óbito de um usuário porque foi projetada em desconformidade com as normas de segurança, o responsável pelo fato pode responder por investigação criminal, com possibilidade de multa (inclusive por danos coletivos), termo de ajuste de conduta ou até prisão! Acompanhe notícias como essa no site da Arch Glass Brasil.
