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06.05.2019

Exposição Além do Infinito – O mundo mágico dos espelhos

Estivemos presentes na Exposição Além do Infinito, que se encerrou no último dia 05 de maio. Uma das principais atrações da grade de comemoração do primeiro aniversário do Farol Santander – popular Prédio do Banespa – a exposição Além do Infinito conta com uma obra inédita da renomada artista visual brasileira Regina Silveira (Up There) e a mostra Beyond Infinity, do francês Serge Salat.

Em 25/01/18 inaugurava-se o Farol Santander, um local idealizado para expor mostras de artes dos mais variados tipos e artistas. Considerado como um centro de cultura, lazer e empreendedorismo, o prédio é um dos principais pontos turísticos paulistano. Não por acaso, antes de completar seu primeiro aniversário o Farol Santander já havia recebido a visita de mais de 300 mil pessoas e 05 exposições de arte diferentes.

Para comemorar esse sucesso estrondoso o Farol Santander resolveu mergulhar seu público na exposição Além do Infinito, uma experiência única de arte imersiva, possibilitando que os visitantes experimentem sensações singulares em um ambiente especial. A arte imersiva leva os apreciadores a conhecer novos lugares e pessoas, fazendo-as sentirem-se parte de uma história ou ficção.

A título de curiosidade, um dos primeiros dispositivos de ambiente imersivo vem do final do século XVIII, tratava-se de um panorama arquitetônico complexo composto por uma imagem e uma estrutura especialmente pensada para introduzir (imergir) um sujeito em um espaço simulado.

No Farol Santander, os andares 22 e 23 se transformaram um em ambiente imersivo com a obra inédita Up There, de Regina Silveira, artista visual brasileira e reconhecida internacionalmente; e a mostra multissensorial do artista francês Serge Salat, denominada Beyond Infinity.

Up There é considerada uma obra cinemática que faz uma intervenção com a arquitetura do ambiente onde está instalada, ocupando paredes e janelas com projeções de nuvens e planetas feitos com pedra. A obra consegue introduzir o apreciador em uma jornada virtual de apenas três minutos dentro de uma espécie de elevador cósmico que transita entre a Terra e o espaço sideral.

“É um percurso curto. Era a resposta possível à situação espacial do edifício: um lugar estreito para olhar o céu. Não é uma fuga. É uma forma de pensar iconicamente sobre o tempo”, diz a idealizadora da obra, Regina Silveira.

A viagem de Up There começa na altura de um grupo de corpos celestiais virtuais e desce até o topo das nuvens – em alusão à atmosfera terrestre – mantendo esse percurso ciclicamente. A intenção é sugerir que é possível realizar uma viagem infinita no chão da própria sala ao transformar o local em um ambiente imersivo.

A trilha sonora do pianista Rogério Rochlitz completa o trajeto virtual entre o espaço sideral e a atmosfera terrestre. Durante os três minutos de viagem era possível sentir que, em determinado momento, o som parecia ‘engolir’ o visitante. A sensação durava pouco, mas era perceptiva e o suficiente para causar estranheza no público.

Geralmente, Regina Silveira utiliza as fotografias e os desenhos para exercerem papéis fundamentais em seus projetos. Com a utilização de diversas formas de imagens a artista cria instalações que se apoiam no desenho como ponto de partida.

“O desenho sempre foi um diálogo, uma intermediação para outro suporte. É um modo de visualizar as minhas ideias”, afirma. “O principal é o conceito, o que você vai elaborar. O resto vem a reboque”, completa a artista visual.

Dentre centenas de eventos e bienais no currículo, é possível destacar sua participação nas Bienais de São Paulo em 1983 e 1998, na Bienal do Mercosul (2001 e 2011) e na VI Bienal de Taipei, do ano de 2006; também esteve presente nas mostras Brazil: Body and Soul, instalada no Guggenheim Museum em New York (2001); Philagrafika, em 2010, na Philadelphia e Mediations Biennale, na Polônia (Poznan) em 2012.

Além do mais, Regina Silveira já recebeu prêmios da Fundação Bunge Prêmio nas Artes em 2009, o Grande Prêmio da Crítica, fruto do trabalho Tramazul, instalado no MASP entre 2010 e 2011, oferecido pela APCA (Associação dos Críticos de arte de São Paulo) em 2011.

Completando a exposição Além do Infinito, no 23º andar do Farol Santander foi instalada a exposição multissensorial Beyond Infinity, do artista francês Serge Salat. Vale lembrar que uma instalação multissensorial consegue interagir com os sentidos humanos, como a visão, audição, tato, olfato e paladar, causando sensações únicas.

O artista utilizou a arquitetura do ambiente para, em conjunto com espelhos, luzes, música, formas geométricas e arte fractal, propor uma viagem cinematográfica complexa onde os observadores possam mergulhar nos espaços infinitos criados no ambiente, de maneira física e simbolicamente.

A mostra Beyond Infinity já visitou países como França e China e explora ideias singulares em espaços surreais e visualmente infinitos. O objetivo é aprofundar o visitante cada vez mais em estruturas de sonhos hospedados em outros sonhos; realmente, é uma experiência única, pois os espelhos são capazes de interagir com os ambientes de maneira singular.

A estreia da instalação Beyond Infinity ocorreu em Xangai, no ano de 2011, percorrendo outras cidades chinesas posteriormente. No Brasil a mostra ocupa todo o andar do prédio e utiliza 550 peças de espelhos suficientes para cobrir as paredes, chão e teto do ambiente. Com a estrutura totalmente envolvida de espelhos, a sensação ao entrar no ambiente é a de imergir em uma dimensão paralela.

Para ser acomodada no Farol Santander a mostra precisou ser adaptada. Foram criadas salas retangulares separadas por um espaço de concreto do próprio prédio, nas quais foram instaladas estruturas de alumínio – semelhantes às colmeias – também revestidas de espelhos.

Além disso, o jogo de luzes colabora para o sucesso da obra. Luzes amarelas, azuis, verdes e brancas refletem nas superfícies espelhadas e conseguem simbolizar as cores do céu, da noite, do por do sol. A união de todos esses elementos cria a sensação de estar em uma dimensão infinita, como se as salas não possuíssem limitações. Músicas clássicas completam a viagem multissensorial da exposição.

Durante uma entrevista concedida ao jornal O Estado de São Paulo, Serge Salat comenta sobre a inspiração de sua obra. “A instalação, na verdade, é sobre o espaço sagrado, uma viagem no tempo e no espaço para se chegar ao mundo divino”, relata Salat. O trabalho de Salat foi uma das inspirações visuais para o filme Inception.

A exposição Além do Infinito foi apresentada através do Ministério da Cultura – Lei Rouanet, com patrocínio da marca Santander. Facundo Guerra assinou a direção artística e Angela Magdalena (Madai) foi a responsável pela direção de produção, com produção executiva de Julia Brandão e coordenação da Storymakers.

Vale a pena ficar atento à programação do Farol Santander. Na ‘Arena do 08’ (8º andar do prédio) são realizadas discussões de empreendedorismo. Por lá já passaram mais de 50 palestrantes no último ano, inclusive o arquiteto italiano Carlo Ratti, desenvolvedor da ideia de cidades sensíveis e referência no estudo de cidades inteligentes (smart cities), conceito que busca harmonizar os avanços tecnológicos com a humanização das metrópoles.

O Farol Santander está situado na Rua João Brícola, nº 24 (entrada pelo número 32) e funciona de terça a sábado, das 09h às 20h e aos domingos, das 09h às 19h.

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