O Vidro Low é uma alternativa eficaz para compor fachadas e controlar a transmissão térmica entre ambientes de edificações inteligentes, os vidros de baixa emissividade (low-e) se solidificam como tendência arquitetônica.
O controle térmico dos ambientes proporciona conforto aos usuários e interage positivamente com outros diferenciais, como redução do consumo de energia e aperfeiçoamento da eficiência ambiental. Utilizada até mesmo em outros segmentos – como freezer para bebidas, a tecnologia aplicada nos vidros de baixa emissividade, definitivamente, veio para ficar.
Na construção civil, a busca pela sustentabilidade exige que o mercado busque alternativas para participar de projetos amigos do meio ambiente. O vidro low-e pode compor qualquer estrutura que precise reduzir a radiação infravermelha e, por esse motivo, é requisitado para compor fachadas, portas e janelas de prédios e residências, tanto para aperfeiçoar a eficiência energética quanto para trazer conforto e beleza ao local.
No Brasil, o vidro de baixa emissividade é tendência desde o começo de sua utilização, lá nos anos 80 – ainda sob a alcunha de vidro refletivo. De lá pra cá a evolução da tecnologia do vidro permitiu o processamento de placas de vidros cada vez menos refletivas – o que as tornavam mais transparentes, consequentemente. O aperfeiçoamento da metalização do vidro foi o processo que subsidiou esse cenário.
O revestimento metálico dos vidros low e – mais fino que um fio de cabelo – aplicado em uma de suas superfícies é o que atribui suas características singulares. Vale lembrar que, como esse processo de revestimento invariavelmente utiliza prata em sua composição, os vidros low-e precisam ser duplos para anular as possibilidades de corrosão da camada metálica.
“Dependendo da posição em que a superfície low-e é aplicada, o vidro pode reduzir o ganho de calor solar em climas muito quentes ou manter os ambientes internos aquecidos em climas muito frios”, comenta Fernando Westphal, doutor em engenharia civil e pesquisador do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina. “Na maioria dos casos, [os vidros de baixa emissividade] são usados em composição insulada, com a superfície low-e atuando para o interior da câmara de ar”, complementa.
Como funciona o vidro low e?
O fator UV é o que determina a emissividade de um elemento. Quanto menor o fator UV, menor será sua emissividade, ou seja, menor será a taxa de transmissão de calor daquele elemento. No caso dos vidros low-e (low emissivity), a tecnologia presente permite que a luz do sol passe, mas barra as frequências do fator UV, reduzindo a transmissão de calor entre os ambientes.
Ao permitir a entrada de luz com menos calor o vidro de baixa emissividade agrega atributos sustentáveis aos projetos, pois diminui o uso de iluminação artificial e climatizadores de ar, por exemplo.
Essa é a característica que mantém o vidro low-e como tendência há anos, ainda mais em um país tropical como o Brasil. O curioso é que o modelo foi desenvolvido para ser utilizado em países de clima frio inicialmente, auxiliando as edificações a preservar o aquecimento do interior.
No Brasil – e em vários lugares do mundo – o excesso de calor é um dos principais causadores de desconforto nos ambientes. O quadro pode ficar mais sensível se a edificação contar com grandes áreas envidraçadas, como claraboias ou telhados feitos de vidro, onde a captação dos raios solares tende a ser maior.
Ressaltamos ainda que o vidro low-e não deve ser confundido com o vidro espelhado. Na fabricação do vidro de baixa emissividade o revestimento metálico domina as ondas de calor ao mesmo tempo em que oferece baixos níveis de reflexão. As possibilidades oferecidas permitem que se crie harmonia entre a luz e o calor, cenário primordial em projetos arquitetônicos modernos e arrojados.